quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Amor


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;"
1 Coríntios 13:1-13



Sempre falo muito sobre amor, e sobre isso tenho uma concepção tão abrangente e estranha que sinto aquela necessidade de pensar, e falar sempre. Não por querer ser convincente, mas por querer ser justo com minhas “verdades”.

Citei o texto acima, não por religiosidade, e isso não significa que eu não seja religioso, apenas não vejo a religiosidade como sendo foco deste texto especificamente. O motivo da citaçao é simplesmente demonstrar que, historicamente, o amor vem sendo escrito e descrito de tantas formas... alias dentro da minha concepçao esta é uma das melhores descriçoes sobre amor e vou enquadra – la no que penso.

Primeiramente amor tem alguns elementos indissociáveis:

  • quem ama sofre, ou ao menos tem a sensação de sofrimento.
  • Todos amam. E nada parece satisfazer sem amor.
  • Amor justifica qualquer sacrificio, mas sacrificios não justificam amores.
  • E amor é muito, MUITO diferente do que consideramos na maioria das vezes

A sensação de sofrimento amoroso aparece sobretudo em obras de periodos que se apegaram ao exagero, como o ultraromantismo. Mas ainda que nos recusemos a sofrer ou a assumir tal sofrimento, todos sofremos. Algumas pessoas simplesmente exageram tal sensação, seja por qual for o motivo ( no meu caso eu sou exagerado mesmo em qualquer coisa), outras escondem em si tal sensaçao, e se impedem de viver qualquer coisa alem do que já se conhece. Alias, as duas coisas aparentemente ocorrem pelo mesmo motivo, insegurança. Seja insegurança em se deixar levar, ou insegurança em viver algo tão intenso, ou insegurança em deixar de lado outras coisas, ou insegurança com que futuro essa vivencia traria, insegurança consigo mesmo... enfim, insegurança tras aquela sensaçao ruim de frustraçao, e de incompetencia, e mais que isso, nossa capacidade de projetar seja de forma positiva ou negativa o “como seria” provocam uma sensaçao ainda pior. A este misto de sensaçoes damos o nome de amor, e quando amamos “tudo” sofremos, talvez muito mais que se não amassemos, ao menos projetamos que isso seja real, mas isso entra no segundo elemento da lista.

Todos amam, todos os tipos de amor, ainda que todos sejam o mesmo amor, com as mesmas caracteristicas, se diferem pelo genero de desejo que trazem em seu cerne. Desejo sexual ou fisico, necessidade de presença, necessidade de colo ( risos ), necessidade de fazer bem, de ajudar... enfim. Quando nos castramos de qualquer desses amores, a trivialidade parece muito mais complicada e estressante.
Essa serie de estresses e sofrimentos causados pelo amor ou as vezes pela falta do mesmo, mistificam demais o que o amor pode ser.
bom, me alonguei demais nesse primeiro post, mas pretendo ainda deixar uma frase acerca do amor:
" a cada vez que penso, falo, ou escrevo sobre amor, cada vez que amo, o amor se transfigura, se traslitera e se plurisignifica, o amor é tão plural e complicado quanto amar simplesmente."

5 comentários:

  1. Belas palavras Douglas!=)Cada vez mais te admiro. Se depender de mim, estarei sempre passando por aki e deixarei meu post. Beijoss e Te adoro!*.*

    "O amor move o mundo!"^^

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  2. OI Douglas, quando li no seu blog sobre sofrimento, logo me identifiquei, é impossível amar e não sofrer, seja o amor entre homem e mulher, seja o amor materno, o amo entre amigos... em todos os casos eu sinto o sofrimento, às vezes sempre aparecem mensagens de outras pessoas, descrevendo o amor como uma calmaria onde uma pessoa para amar de verdade não pode sentir a pessoa amada como necessidade, como não sentir a necessidade da presença de alguém que a gente ama? Como n sentir vontade de estar sempre perto de seu filho para protegê-lo, como não sentir necessidade na presença do seu homem? Pra mim a paz é feita da presença das pessoas que amo em minha vida, sem elas é só sofrimento, e eu, não sei se é assim com outras pessoas, sempre quero mais e mais das pessoas amadas!!! Podem definir esse meu conceito de amor com outro sentimento ou há quem diga uma obsessão,eu só sei que só sei sentir assim, Douglas beijus querido

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  3. acho que essa é uma das faces que as pessoas tem medo de assumir do amor por medo de macula-lo... quem ama quer, deseja, e sofre... fato.

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  4. Muito bom...Vou ali ler os outros! ^^
    Poxa...poxa...kkk

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